Siga-nos nas redes Sociais

Página de Largura Completa

Mas quem pode criticar com razão aquele que deseja estar naquele prazer que não resulta em desconforto, ou aquele que evita aquela dor na qual nenhum prazer é produzido?

Mas em certos momentos, seja por deveres ou por necessidade das coisas, muitas vezes acontecerá que ambos os prazeres devem ser rejeitados e os problemas não devem ser recusados. E assim a escolha dessas coisas é mantida por um homem sábio, de modo que, rejeitando prazeres maiores, ele pode obter outros, ou suportando dores, ele pode repelir os mais severos.

É importante cuidar da dor em si, e vai acompanhar o crescimento do paciente, mas ao mesmo tempo vai acontecer que haja muito trabalho e dor. Pois, para chegar ao mais ínfimo detalhe, ninguém deve praticar qualquer tipo de trabalho, a menos que tire algum proveito disso.

Pois ninguém despreza ou odeia ou foge do prazer porque é prazer, mas porque grandes dores resultam de quem não sabe como seguir o prazer com a razão.

E, de fato, a distinção entre essas coisas é fácil e conveniente. Pois no tempo livre, quando temos a opção de escolher e nada nos impede de fazer o que mais nos agrada, todo prazer deve ser assumido, toda dor rejeitada.

Não há acasalamento. A menos que sejam cegados pela luxúria, eles não saem; eles são culpados por abandonar seus deveres e abrandar seus corações, isso é labuta.

Mas para que você possa ver de onde vem todo esse erro nascido daqueles que acusam o prazer e louvam a dor, vou abrir o assunto e explicar as mesmas coisas que foram ditas por aquele descobridor da verdade e, por assim dizer, o arquiteto da uma vida feliz.

Além disso, não há ninguém que, porque gosta da dor, a persiga, queira ganhá-la, mas porque nunca ocorrem tempos em que ele busca algum grande prazer através do trabalho e da dor. Pois, para chegar ao mais ínfimo detalhe, nenhum de nós empreende qualquer exercício do corpo que seja penoso, exceto para tirar alguma vantagem disso.

Mas, de fato, ambos acusamos e com ódio justo trazemos aqueles que o merecem, que são suavizados e corrompidos pela bajulação dos prazeres presentes, e que são cegados pela luxúria pelas dores e problemas que estão prestes a experimentar, e não provêem para eles.